Minha experiência com desfralde.
- Ana Dal Bello
- 20 de ago. de 2019
- 4 min de leitura
Fiquei sumida por um tempo por que nós mudamos de casa e mudamos muitas coisas por aqui.
E entre todas as mudanças acabou rolando também desfralde do Aruan aqui em casa.
Eu já tenho a experiência de dois desfraldes nos meus filhos. E eu vou contar um pouco pra vocês.
Com minha filha mais velha foi muito tranquilo. Ela estava com quase dois anos e em conversa com a creche a professora falou que ela apresentava todos os sinais: “Então a gente tira fralda e a coisa vai acontecer naturalmente”. Eu conversei com ela quando a gente tirou a fralda definitivamente e ela simplesmente nunca mais fez xixi na roupa.
Agora com o segundo filho talvez - por estar mais fresco na memória e por ser uma experiências bem diferente - vou explicar mais detalhadamente.
Foi um processo de praticamente um ano.
Quando ele estava com um ano e oito ou nove meses ele começou a apresentar os primeiros sinais que era falar sobre o xixi e o cocô. Mesmo depois que já fez.
Quando a criança que já começa a falar xixi e cocô é porque ela já está tendo uma noção da sua fisiologia. E a criança com fraldas de pano, por exemplo, tem essa noção antes porque ela vai se sentir molhada.
Aqui em casa a gente usava muito a capa com o absorvente por cima. Então ele sempre se sentiu molhado quando fazia um xixi. E, no caso dele, o coco foi algo que ele sacou mais cedo .Então ele começou a pedir pra fazer cocô mesmo nessa idade. E a gente levava até do banheiro e ele fazia. Não era sempre, mas algumas vezes. E assim foi seguindo. Houve momentos que retrocedeu completamente. Teve um momento que ele começou a criar uma uma crise de pânico da privada. Ele começava a gritar e dizer que ia cair lá dentro.
Então eu reconheci que ele queria voltar um pouco, se sentir mais seguro para poder continuar no desfralde. E eu dava essa tranquilidade para ele: “Você quer usar fralda, beleza! Vamos usar então e tudo certo!”
É importante dar a liberdade da criança realmente se decidir por aquilo porque é algo que ela tem que sentir. Ela tem que estar segura. E é algo muito sério. O ato fisiológico de fazer as nossas necessidades está conectado com as nossas emoções.
Então um trauma durante esse período de desfralde é algo que a criança vai carregar para toda a sua vida ou por boa parte. É bem séria mesmo.
Então os pais têm que estar calmos em relação a isso e tem que estar cientes que não está sob o nosso controle e nem sob o da criança. Lendo um pouco mais respeito eu vi que a idade média de desfralde é, realmente, aos três anos. E algumas crianças podem chegar a até cinco ou seis anos.
Então deixa a criança se expressar. Ela vai começar a mostrar sinais. Ela vai começar a pedir para tirar a fralda. Então vai indo junto com ela e sentindo, vendo, percebendo. Por exemplo: aqui ele começou a ter medo da privada. Eu fui lá e comprei um redutor de assento e ele começou a se sentir muito à vontade pelo redutor. Mas antes eu comprei piniquinho e ele não gostou do penico. Ele não queria sentar nele de jeito nenhum. Ele não achou nada legal. Achou uma coisa bem estranha. E ele preferiu a privada.
Lá pelos dois anos e meio que ele começou um processo de desfralde mais a real no qual ele pedia antes de fazer.
Antes do período do desfralde propriamente dito, eu já estava começando com as cuecas de desfralde. Já colocava um pouco das cuecas mas quando ele realmente começou a pedir que a gente começou a usar mais a cuequinha de desfralde no nosso dia a dia. E de noite continuava na fralda.
Ele ia para a escolinha depois do almoço e sempre dormia à tarde. Durante o soninho dele também usava fralda. Porque os escapes eram mais recorrentes no período em que ele dormia.
Percebi também que quando a gente estava em uma rotina diferente na casa de alguém ou em alguma festinha era mais provável que acontecessem esses escapes. Então colocava nele as cuecas mais resistentes. Eu experimentei várias marcas, vários tipos de cuequinha de desfralde. E até pela minha experiência com fraldas de pano, só de olhar já sabia quais seguravam mais quais seguravam menos.
E assim acertava a minha rotina. bem próximo dos 3 anos ele completou o desfralde diurno total, retirando inclusive a cuequinha de desfralde mesmo em passeios e festas!
No uso noturno foi mais difícil, passou dos 3 anos, um pouco...
Como tinha noites que eu acordava toda molhada, fiz uns tapetinhos que ele dormia em cima, já sem fralda. Isso foi recorrente por alguns dias, ai peguei o jeito, levava ele ao banheiro antes de dormir e umas 3 ou 4 da manhã. Fiz isso por um período. e Resolveu 100% dos escapes. Em algum momento fui parando de fazer e ele também! hoje estamos com 3 anos e 6 meses e faz mais de 4 meses que não temos escapes nem diurnos nem noturnos!! Sucesso total <3
Tem uma coisa só que ainda acontece...ele diz ter medo de ir no banheiro sozinho, então sempre acompanho ele, mas, já percebi que é um momento que ele tem comigo, uma companhia... então enquanto ele pedir, vou estar lá para apoiar!
É isso, Bom desfralde para você e que flua tudo bem e harmonicamente! Beijos, Ana
No vídeo abaixo falo um pouco mais ;D
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